O Teste Alérgico de contato é feito para detectar a dermatite de contato, uma das doenças mais comuns de pele. Uma das causas é a alergia a produtos aplicados. Por exemplo: brincos e bijuterias, esmalte de unha, perfumes, loções pós-barba, hidratantes, protetores solares e cosméticos. Além disso, nas axilas é comum irritações por desodorantes e cremes depilatórios. Já nas mãos, pode acontecer por conta de luvas, anéis e produtos de limpeza. Nos pés, no entanto, os sapatos (com couro, borracha ou plástico) podem ser vilões.
Já profissionais que trabalham diretamente com produtos em contato com a pele, apresentam frequentemente alergias, fazendo parte das “dermatoses ocupacionais”. Um médico que tem alergia ao látex de luvas, por exemplo, terá problemas no seu dia a dia. Assim como alguém que trabalha diretamente com cimento (uma das alergias mais comuns da pele).
Diagnóstico
O médico dermatologista, ao diagnosticar uma dermatite, investigará as causas e pode pedir o Teste Alérgico de Contato para dar o melhor o diagnóstico.
O procedimento é feito da seguinte maneira: cada substância é aplicada direto na pele e depois ocluída com um curativo. Em seguida, o paciente volta a sua rotina normal, mas com cuidado para não expor o local a água e sol. Depois são feitas duas leituras, uma inicial após 48h (dois dias) e outra com 72h/96h (três a quarto dias).
O Teste Alérgico de contato é composto por 30 substâncias padronizadas pelo departamento especializado de alergia dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Além disso, existem outras baterias de testes como, por exemplo, alimentar.
Cuidados antes de realizar o teste alérgico de contato:
- O teste não pode ser feito quando existem lesões ativas (agudas);
- Avisar se está usando alguma medicação. Os anti-histamínicos não interferem no resultado;
- É preciso suspender o uso de corticosteroides sistêmicos (via oral), além de corticosteroides injetáveis de depósito, pois pode influenciar no resultado por 30 dias. Já os corticosteroides tópicos no local precisam ser evitados por 15 dias;
- O paciente não deve se expor ao sol por 15 dias antes do teste;
- O uso de drogas imunossupressoras, como azatioprina, deve ser avisado, pois pode negativar o teste;
- Na gestação não se deve fazer o teste.