O suor em excesso, chamado de hiperidrose, é queixa comum nos consultórios de dermatologia e podem trazer constrangimento e limitação social as pessoas acometidas por essa doença. A aplicação de toxina neuromoduladora pode ser uma solução para os casos mais localizados. Saiba mais sobre esse tema no texto abaixo.
Trata-se de uma condição que provoca suor excessivo, sendo que os pacientes podem suar mesmo em repouso. A sudorese é uma condição normal do nosso organismo e é útil para manter a temperatura corporal. É normal suar quando está calor, durante a prática de atividade física ou em certas situações específicas como, por exemplo, momentos de raiva, nervosismo ou medo.
Porém, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença desses fatores. Isso porque as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes. Se muito intensa, essa condição pode interferir na vida profissional, acadêmica e social do indivíduo, resultando em constrangimentos no dia a dia e afetando-o psicologicamente.
Causas de hiperidrose
A hiperidrose pode surgir por diferentes causas como, por exemplo, fatores emocionais, hereditários ou doenças. Várias regiões do corpo podem ser acometidas pela condição: axilas, palma das mãos, rosto, cabeça, sola dos pés e virilha. Na maioria dos casos não é possível identificar uma causa para o surgimento desse problema. A axila é a região mais frequentemente afetada.
Diagnóstico e tratamento
O paciente deve procurar um dermatologista para diagnosticar e começar a tratar o problema nos primeiros sinais de que existe um quadro de suor excessivo. O tratamento pode ser clínico, realizado pelo uso de antiperspirantes específicos à base de cloreto de alumínio ou medicamentos orais, por exemplo. Estes são indicados para pacientes com sudorese mais difusa, que afeta várias partes do corpo. A medicação deve ser usada apenas com supervisão médica, pois pode desencadear efeitos colaterais.
Além disso, outro tratamento bastante utilizado é a aplicação de toxina neuromoduladora, como o Xeomin. O efeito redutor do suor dura, aproximadamente, de 4 a 9 meses, de acordo com o paciente. Após esse período é necessário fazer novas sessões.
Existem procedimentos cirúrgicos que também são eficazes no tratamento. São eles: a remoção ou destruição da glândula sudorípara por meio de lipoaspiração axilar e ablação a laser e simpatectomia torácica. Esta última, apesar de ser uma opção para tratar o problema, pode desencadear sudorese compensatória. Isso significa que o procedimento reduz a produção de suor na área tratada, mas aumenta em outras regiões.